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Do Cisma Clerical à Patuleia em Viana do Castelo
Este ensaio aborda as divisões no seio do clero no período que se segue à extinção das ordens religiosas. Estas divisões não se limitavam aos partidários do liberalismo e aos fiéis de Roma, mas também no seio destes entre pereiristas e falperristas. Estas divisões e os conflitos a elas associados contribuíram para o clima político e social que esteve na origem do movimento da Patuleia.
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Subsídios para o Estudo da Economia e Sociedade de Ponte de Lima na Época de Quinhentos (Separata)
Com base no estudo do “Livro de Sisas de Ponte de Lima”, 1531-1532, e outros documentos já conhecidos, aborda a evolução urbana de Ponte de Lima, as actividades económicas e a fiscalidade numa época de transição e de mudança, a época quinhentista.
Esta análise aparece enquadrada na situação nacional e regional, tanto no plano político, como no económico, como no religioso.
O Prestomado de Valdevez
Este ensaio apresenta-se dividido em duas partes: uma primeira dedicada aos préstamos em geral; uma segunda sobre as características e limitações do Prestomado de Valdevez.
Este trabalho integra-se na área de estudos das instituições religiosas medievais, procurando enquadrar o aparecimento e desenvolvimento do Prestomado de Valdevez no contexto histórico, geográfico e humano envolvente.
Raízes Históricas da Diocese de Viana do Castelo
Estudo de investigação histórica, esta obra debruça-se sobre a história das instituições religiosas cristãs desde o período mais remoto da cristianização do noroeste peninsular até à nova igreja saída da revolução liberal.
Obra de fôlego divide-se em quatro capítulos:
I- Inter Dorium et Minium – A Cristianização
II- A Administração Eclesiástica de Valença do Minho
III- A Sé de Viana e a Piedade Barroca
IV- A Comarca Eclesiástica de Valença
O Porto de Viana na Época dos Descobrimentos
Este trabalho aborda quatro temas relativos ao porto de viana na época dos Descobrimentos:estruturas materiais; privilégios e regimentos; comércio marítimo e regional; os mareantes e mercadores.
Tendo como limites cronológicos os séculos XV e XVII, esta investigação retrata a época mais brilhante da actividade do porto de Viana, um dos principais centros marítimos fora das grandes cidades.
Excertos
2- O Alto-Minho tornou-se numa das zonas mais acesas do refrido conflito. Atingiu níveis de contra-revolução e violência. No período que vai de 1838-43, já não é propriamente o absolutismo que preocupa o clero, mas sim a obediência a Roma e o problema beneficial das côngruas. No Alto-Minho o desemprego clerical era muito alto. Veja-se, que no conselho de Viana, de acordo com o quadro seguinte, 77% do clero não possuía benefício próprio e 36% compunha-se de egressos. Além disso deve ter havido uma explicação adequada e local para em 1841 o vianense Visconde da carreira ter sido escolhido para desempenhar o cargo de embaixador português na Santa Sé. Havia paróquias sem pároco, ausência de missa de preceito, fugas para a Galiza, armamento secreto, vinganças e perseguições, reuniões clandestinas. Instaurou-se um verdadeiro clima de desconfiança de guerra civil que atingia também os leigos.
Em concreto os líderes pereiristas e falperristas encontraram no Alto-Minho um ambiente propício à sementeira e florescimento das suas ideias. Encontraram resposta imediata e decidida aos seua apelos antiliberais e romanos. Sentiam-se protegidos pelos bispos e curas galegos. Por sua vez os arciprestes e alguns párocos liberais vigiavam, enviando informações ao vigário capitular de Braga, Manuel Inácio Cardoso, e para o administrador do distrito, Dr. António de Almeida Vasconcelos Castelo Branco. Aquele passava o tempo a assinar cartas demissionárias e aplicar censuras. Este, a alertar os administradores concelhios e enviar processos para o tribunal. Os juízes e dirigentes camarários não embarcavam facilmente no movimento, causando o desespero dos liberais. (pág.9)
Livros relacionados
Aspectos da Cultura Castreja no Alto Minho
Aspectos da Cultura Castreja no Alto Minho é uma separata da revista “Caminiana”, nº 3 de Dezembro de 1980.
O texto, da autoria do Dr. Lourenço Alves, analisa a cultura castreja galaico-portuguesa sob diferentes aspectos, fornecendo um manancial de dados sobre a localização dos primitivos castros e citânias (à beira-mar ou em zonas de interior. Se situados à beira-mar, privilegiam um cabo ou uma pequena península, a fim de assegurarem uma defesa natural por três lados sendo o quarto lado defendido por um fosso que cavavam na rocha ou na terra; caso se localizassem no interior, então preferiam os cimos dos montes e outros acidentes naturais do terreno que lhes propiciavam alguma protecção e serviam de lugares de defesa), suas possíveis configurações (plantas circulares, ovaladas ou elípticas, delimitadas por muralhas que quase nunca dispensavam fossos ou taludes, naturais ou artificiais), tipologias de habitação (arredondada simples; arredondada com vestíbulo curvo; arredondada com vestíbulo formado por paredes rectas, paralelas ou não; alongadas com um ou vários muros curvos; angulares; angulares com vestíbulo; mistas, construídas por associação das formas anteriormente referidas, podendo aparecer as paredes com cinco tipos de aparelhos: o irregular ou de alvenaria; o poligonal; o helicoidal; com fiadas horizontais sujeitas aos materiais da região; ou de outras formas que não se podem enquadrar nos grupos anteriores), habitantes destes povoados primitivos (povos pré-celtas – lígures e seus descendentes como os oestrímnios, sefes – e celtas), e suas formas de vida: organização social (em tribos independentes que se uniam em situações de emergência. Na zona galaico-portuguesa, parece que existiam vinte e três tribos, entre elas a dos Brácaros, a dos Límicos, a dos Leunos, a dos Gróvios, a dos Luenos…), economia (os castrejos dedicavam-se ao pastoreio, à lavra das terras, à caça, à pesca, trabalhavam os metais e o barro, fabricando objectos de cerâmica. Possuíam animais como o boi, a vaca, o cavalo, a ovelha, o bode. Com o leite dos animais fabricavam manteiga, que substituía o azeite. Alguns animais, para além de fornecerem a sua carne, ajudavam o homem. Também eram peritos no fabrico de cerveja e de cestaria. As actividades comerciais não seriam igualmente de desprezar), costumes (alimentação frugal; prática de luta corpo a corpo e de exercícios de ginástica como treino militar; dureza no tratamento com os prisioneiros que imolavam aos deuses da guerra ou decepavam-lhe membros para oferecer aos númens; casamentos monogâmicos como os dos gregos; exposição dos doentes nos caminhos, para que ouvissem os conselhos de quem já padecera do mesmo mal; expulsão dos parricidas e pena de morte para vários delitos comuns…), religião (politeísmo, prestando culto a divindades como Ares; Júpiter; Marte, Deusa- Mãe; divindades protectoras dos caminhos, dos penedos, dos bosques; serpentes; Sol; Lua; Lume; símbolos fálicos…), ritos (adivinhatórios, de oferendas, de fecundidade e possivelmente funerários) e sacrifícios (de bodes, cavalos e prisioneiros ao deus Ares), terminando com uma abordagem das influências castrejas nas civilizações que se seguiram (na cultura popular, sobretudo no folclore, no habitat e nas formas de vida de alguns nortenhos do mundo rural).
O estudo apresentado aponta ainda para o trabalho realizado em prol do estudo e conhecimento da vida e sociedade castreja por alguns arqueólogos, profissionais ou amadores: Martins Sarmento, Tenente Coronel Afonso do Paço, Dr. Carlos Alberto Ferreira de Almeida, Dr. Armando Coelho da Silva, Mário Cardoso, Félix Alves Pereira, Abel Viana, entre outros.
De permeio, aparecem 16 fotografias documentando a área de influência da cultura castreja, a planta da Citânia de Santa Luzia e alguns pormenores da mesma, da Cividade de Âncora, da Citânia de Briteiros, do Castro de Santa Tecla, bem como tipos de mós e fragmentos de cerâmica.
Caminha e seu Concelho
Estamos perante a obra mais extensa de Lourenço Alves, autor que se dedicou afincadamente ao estudo do Alto Minho, no que diz respeito a aspectos arquitectónicos, religiosos e históricos.
Esta obra, abarcando todas as freguesias do concelho de Caminha – Seixas, Lanhelas, Cristelo, Moledo, Arga de Cima, Arga de Baixo, Arga de São João, Dem, Vilar de Mouros, Argela, Venade, Azevedo, Vilarelho, Vila Paria de Âncora, Santa Maria de Âncora, Vile, Riba de Âncora, Orbacém, Gondar e Caminha – é um repositório de dados geográficos, climatéricos, demográficos, históricos, sociais, culturais, etnográficos, económicos, urbanísticos, artísticos, patrimoniais e religiosos.
As mais de setecentas páginas que constituem “Caminha e seu Concelho” oferecem-nos, para além do manancial de informação escrita, fotografias, esquemas, esboços de instrumentos e aparelhos ligados a diversas profissões, assim como de algumas peças de artesanato, desenhos, plantas, gráficos e quadros que permitem uma melhor compreensão dos conteúdos abordados.
Lourenço Alves, assessorado por António Guerreiro Cepa, Torcato Augusto Correia, Francisco Sampaio e João Azevedo, oferece-nos, neste livro, a mais completa monografia do concelho, que, pela vastidão de temas tratados e pela abrangência dos mesmos, merece um destaque especial entre as demais do autor.
O Barroco no Alto Minho
Obra de investigação histórica no domínio da arquitectura, escultura e pintura em estilo barroco no Alto-Minho divide-se em duas partes: os monumentos barrocos do Alto-Minho, as suas características e os seus artistas; as fontes para o estudo do Barroco no Alto-Minho.
Na primeira parte, reflecte-se sobre a originalidade do barroco nesta região, relacionando-o com o movimento barroco nacional, mas, também com uma tradição local anterior.
Na segunda são apresentadas, em resumo, as fontes dando-nos a conhecer as escrituras das obras estudadas.
Arquitectura Religiosa do Alto Minho II – Século XVIII ao Século XX
Abarcando, segundo o título, dois séculos da história da arte religiosa no Alto Minho, porém quedando-se fundamentalmente no século XVIII e primeira metade do XIX, (embora com algumas incursões ainda pelos finais da era seiscentista) este segundo volume sobre a arquitectura religiosa da região já mencionada é prefaciado por José da Silva Lima, director, no ano de publicação, da Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas de Viana do Castelo. O mesmo Dr. Silva Lima fará, no final do livro, uma conclusão, em que, num discurso laudatório da pessoa e da obra do Padre Dr. Lourenço Alves, apela a todo o leitor, sobretudo ao altominhoto, para que preserve, valorize e transforme em locais pedagógicos a riqueza patrimonial de que o Alto MInho foi sendo dotado ao longo de tantos séculos e de tantas gerações.
Por seu turno, Lourenço Alves pensou e apresentou a obra dividida em duas partes, a primeira a8que o autor denomina “Introdução” totalmente composta por conceitos e informações sobre os dois estilos que preenchem as mais de trezentas páginas: o Barroco e o Neoclássico; a segunda (“Igrejas e Capelas – Descrição”), contendo uma descrição pormenorizada de noventa e uma igrejas, santuários, ermidas e capelas dos concelhos de Arcos, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes do Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença e Viana do Castelo.
Sobre o estilo barroco (I parte), especificamente, o autor incide em aspectos como a semântica da palavra, a origem e evolução do estilo e as principais características que apresenta. Seguidamente, faz um historial da difusão do estilo barroco em Portugal, para se deter, ainda que sinteticamente, no barroco altominhoto, dando ênfase ao papel dos emigrantes brasileiros, das irmandades e das confrarias. A incursão no barroco termina com uma abordagem, ainda que ligeira, dos principais exemplares da arquitectura barroca em Viana do Castelo, enfatizando o trabalho da autoria de dois engenheiros: Miguel de L’École e Manuel Pinto de Vilalobos.
A II Parte contempla a descrição pormenorizada de aspectos de natureza etimológica, histórica e artística das igrejas, santuários, ermidas e capelas barrocas e neoclássicas altominhotas. Lourenço Alves optou por organizar esta parte em nove capítulos, correspondendo cada um a um dos nove concelhos mencionados. A ordenação de cada concelho é feita por ordem alfabética, não estando os espécimes de arquitectura religiosa (santuários, igrejas, capelas e ermidas) englobados em cada um, sujeitos a qualquer ordem específica.
Assim, no concelho de Arcos de Valdevez, são referenciados (as):
Igreja de Cabreiro; Igreja de Carralcova; Igreja de Cendufe; Igreja do Extremo; Igreja de Eiras; Igreja da Gavieira; Santuário da Peneda; Capela de S. Bento do Cando (Gavieira); Igreja de Gondoriz; Igreja de Grade; Igreja de Paçô; Igreja de Santa Cristina de Padreiro; Igreja de Prozelo; Igreja de Rio Cabrão; Igreja de Rio Tinto; Igreja do Vale.
No concelho de Caminha:
Igreja de Âncora (Santa Maria); Capela de Santa Luzia; Igreja de Arga de Cima; Capela de Santo Antão; Igreja de Arga de Baixo; Igreja de S. João de Arga; Igreja de Argela; Igreja de Cristelo; Igreja de Dem; Capela da Senhora da Serra; Igreja de Gondar; Igreja de Lanhelas; Igreja de Moledo; Capela da Senhora de ao Pé da Cruz; Capela de Santo Isidoro; Igreja de Orbacém; Ermida de São Martinho de Couraçadas; Igreja de Riba de Âncora; Capela da Senhora de Guadalupe; Igreja de S. Pedro de Seixas; Capela de S. Bento de Seixas; Igreja de Vila Praia de Âncora; Capela da Senhora da Bonança; e Igreja de Vile.
No concelho de Melgaço:
Igreja de Cristóval; Igreja da Gave; Igreja de São Paio de Paderne; Igreja de Prado; Igreja de Paços; Igreja de Rouças.
No concelho de Monção:
Igreja de Badim; Igreja de Bela; Igreja de Cambeses; Capela de Nossa Senhora dos Milagres; Igreja de Ceivães; Igreja de Mazedo; Igreja de Podame; Igreja de Riba de Mouro; Igreja de Segude; Igreja de Tangil; Igreja de Troviscoso; Igreja de Trute; e Igreja de Valadares.
No concelho de Paredes de Coura:
Igreja de Bico; Igreja de Ferreira; Igreja de Padornelo; Capela do “Ecce Homo”; Igreja de Romarigães; e Igreja de Vascões.
No concelho de Ponte da Barca:
Igreja de Entre-os-Rios; e Igreja de Oleiros.
No concelho de Ponte de Lima:
Igreja de Beiral de Lima; Santuário da Senhora da Boa Morte (Correlhã); Igreja de Brandara; Igreja de Cabaços; Igreja de Fontão; Igreja da Labruja; Santuário do Senhor do Socorro (Labruja); Igreja de Vilar das Almas; e Igreja de Poiares.
No concelho de Valença:
Igreja de Boivão; Igreja de Cerdal; Igreja de Fontoura; Igreja de Condomil; Igreja de Santa Maria da Silva; e Igreja de São Pedro da Torres.
No concelho de Viana do Castelo:
Igreja de Alvarães; Capela do Senhor do Bonfim (Carreço); Igreja de Vila Nova de Anha; Igreja do Carmo; Igreja de Nossa Senhora de Fátima; Igreja da Montaria; Igreja de Mujães; Igreja de São Martinho de Outeiro; e Igreja de Serreleis.
O livro encontra-se profusamente ilustrado, apresentando pelo menos uma foto, a preto e branco ou a cores, de quase todos os espécimes tratados.
Alto Minho e as peregrinações a Santiago de Compostela
Estamos em presença de um estudo onde o autor, nas cerca de 52 páginas, nos dá conta do culto e das peregrinações altominhotas a Santiago de Compostela.
Num discurso fluido, como é seu timbre, Inácio Rocha, depois de uma Introdução (onde reflecte quer sobre a iniciativa “Os caminhos da Europa”, do Conselho Europeu, quer sobre as antigas peregrinações) aborda os seguintes itens:
*S. Tiago na história e na lenda;
*As peregrinações a Santiago de Compostela;
*A assistência aos peregrinos;
*Culto e Património jacobeu no Alto Minho;
*Definindo caminhos
*Conclusão.
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